Pular para o conteúdo principal

Noite Multicultural apresenta atrações do MAB


A Fundação Cultural de Blumenau promove a segunda Noite Multicultural do ano, nesta quinta-feira, dia 2 de maio, com a abertura das exposições Manufaturado, de Maria Carmen von Linsingen; A imagem, o punctum, a fatura, de Elke Hülse; O Universo Onírico, de Jandira Lorenz; [Ideia Circular], de Rafael Erichsen da Silveira; e Do comportamento afetivo das ervas-daninhas, de Jéssica de Souza Luz. Haverá ainda o lançamento do Livro Foto-Poemas "Aquilo que eu não pensei", de Fabrício Wolff e Eraldo Schnaider.
A atração musical ficará sob o comando do grupo New Vision, da Acevali. A noite contará ainda com a performance apresentada pelo Coletivo Shakespeare Livre. Continua também aberta à visitação a exposição Arte/Cidade: Singular e Plural do Grupo Balbúrdia - projeto Arte na Cidade -, do Sesc Blumenau. A promoção começa às 19h, com a conversa com os artistas. Professores, arte-educadores, coordenadores-pedagógicos, artistas, acadêmicos, alunos de arte e a comunidade em geral estão convidados a participar desse bate-papo.
Em relevo
Na exposição "Manufaturado", a forma, o volume e o acaso marcam fortemente a obra de Maria Carmen von Linsingen. "Pelas cores, lãs de ovelhas, cardadas, não fiadas e feltradas, a obra aos poucos vai ganhando vida pelas suas mãos. O que caracteriza as suas peças é o volume: em baixo e alto relevo, tecida e construída com agulhas, lãs e feltros", diz Teresinha Heimann, presidente do Instituto de Artes Integradas de Blumenau (INARTI). "Sua obra prende, floresce e incendeia a imaginação de quem a observa, criando uma sólida  relação entre o observador e os materiais e estes entre si", explica.
Com a imagem, o punctum, a fatura, Elke Hülse procura uma forma de dialogar e saudar pressupostos da história da arte que são atemporais. "A artista faz isto através de uma técnica minuciosa, extremamente cautelosa e bem planejada, onde o fazer reflete o pensamento complexo e minucioso desta artista que vem a tantos anos se dedicando à arte da tapeçaria", comenta Luciane Garcez, mestre em Teoria História da Arte e Doutoranda em Estudos e Ciências da Arte.
Fotografias pontualmente escolhidas são ponto de partida desta série de trabalhos que, segundo Elke Hulse, passam pela ordem do afeto e da proximidade. "Sua obra brinca com a memória, mas não no sentido narrativo ou verbal, e sim através de uma perspectiva visual que empilha tempos e afetos", comenta Luciane Garcez.
Em "O Universo Onírico de Jandira Lorenz", o desenho assume grandes proporções em qualidade técnica e imagética. "A quantidade de referências mitológicas, literárias e simbólicas povoam de modo a desestabilizar o espaço da tela em direção a um olhar que contempla a observação do todo, mas sugere de modo muito veemente que o detalhe, os infindáveis detalhes, prendam o olhar do espectador por longo tempo", observa Roberto Anastácio Martins, diretor Regional do Sesc Santa Catarina. "Ou seja, tal como um grande panorama, os desenhos de Jandira parecem inesgotáveis de interpretações, correlações e sugestões narrativas", completa.
Em [IDEIA CIRCULAR], para Rafael Erichsen da Silveira o homem sempre está procurando padrões. É seu instinto. Padrões, quando vistos de cima, formam um novo padrão. E à medida que são identificados, o público entende mais sobre a lógica das coisas. Não é raro de se encontrar a mesma lógica em padrões distantes, como o átomo e a galáxia. É circular. Traços com o mesmo ângulo, curvas, retas, triângulos, quadrados, folhas, flores, letras, peixes, asas. E círculos. Ao desenhar, o artista procura criar padrões. É o instinto.
O comportamento afetivo das ervas daninhas é apresentado por Jéssica Luz, catarinense que atualmente reside em Curitiba, em seis fases: do corte; dos afetos, da opressão; do incontrolável, das mágoas guardadas e do cortejo.
A visitação às exposições O Universo Onírico, de Jandira Lorenz, e Cidade Aberta - Grupo Balbúrdia poderá ser feita até 31 de maio. As demais exposições seguem até o dia 16 de junho. Sempre de terça-feira a domingo das 10h às 16h.
Paralelo às novidades do MAB, prossegue a Exposição do Coletivo Balbúrdia Arte/Cidade: Singular e Plural, realização do Sesc Blumenau com curadoria de Aline Assumpção.
Visitas mediadas podem ser marcadas pelo telefone 3381-6176. A entrada é franca.
Na Noite Multicultural, o jornalista Fabrício Wolff e o publicitário Eraldo Schnaider lançam o livro de foto-poemas "Aquilo que eu não pensei", projeto contemplado pelo Fundo Municipal de Apoio à Cultura. A obra de 71 páginas traz 28 poemas e 28 fotografias em mil exemplares que mostram a simbiose natural existente entre texto e imagem. Casa poemas e imagens que foram concebidos sem combinação entre escritor e fotógrafo.
Os poemas de Fabrício Wolff foram escritos, em sua grande maioria, nos anos 1980. Seis deles são mais recentes. As fotografias de Eraldo Schnaider fazem parte de seu acervo dos últimos 15 anos. A ideia colocada em prática foi exatamente reunir o material e buscar uma cumplicidade entre textos e imagens. Como diz a apresentação do livro, não se trata de um casamento arranjado. É uma união sem prévio acordo, "feito pão francês e margarina, churrasco e cerveja, queijo e goiabada, champagne e caviar".

Serviço:
Noite Multicultural, com a abertura das exposições no MAB
Data: quinta-feira, dia 2 de maio
Horário: a partir das 19h
Local: Fundação Cultural de Blumenau
Visitação: até 16 de junho. De terça-feira a domingo, das 10h às 16h. Visitas mediadas podem ser marcadas pelo telefone 3381-6176
Entrada franca

Fonte: Mia Ávila, gerente do MAB  (47 3381-6176 / 9927-9877), e Ricardo Pimenta, diretor de Cultura da Fundação Cultural de Blumenau (47 3381- 6193)
Assessor de Comunicação Sergio Antonello (47 3381-6190 / 9977-8689)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Painel Freya Gross

CULTURA ESPETACULAR Painel Aldeia homenageia a ceramista Freya Gross Trabalho da artista blumenauense está exposto no segundo piso da Secretaria Municipal de Cultura. A Secretaria Municipal de Cultura e Relações Institucionais (SMC) e o Museu de Arte de Blumenau apresentam o painel Aldeia, em homenagem à autora, a ceramista Freya Gross. A artista nasceu em 19 de setembro de 1916 em Blumenau. Na década de 1950, conheceu o escultor e ceramista italiano Angelo Tanzini, que viveu no Valeu do Itajaí e em Minas Gerais, tendo retornado à Itália nos anos 1960. Com ele, Freya aprendeu todas as técnicas, desde a escolha da argila, as etapas e cuidados até a queima. Seus estudos e experimentações acabaram por dar novo significado à sua vida. Devotou à atividade tanto empenho e dedicação que fizeram dela uma conceituada e respeitada ceramista. Entre seus inúmeros trabalhos, tinha como especialidade os painéis que executava em azulejos cerâmicos pintados à mão. Assim foi o processo de um de seus úl