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A prefeitura de Blumenau e a Fundação Cultural convidam para a 3ª Temporada de Exposições no Museu de Arte de Blumenau (MAB), que será aberta quinta-feira, dia 7 de agosto, com as exposições "Matéria Efêmera", de Hermínia Metzler, Marcia Mazzoni e Rosilene Horta, "noscasulos", de Maria Carmen von Linsingen, "Pulsar da Vida", de Ilca Barcellos, "Desenho-Pintura (Linhas-Pensamentos)", de Kelly Kreis Taglieber, "Des Ciels", de Lorena Acin, e "Metametria ou Meta-metria", de Fernando Quitério. A noite contará ainda com o lançamento dos Livros AMA/DOR/A, de Diedra Roiz, Sono, de Luiz Bogo, e "Pantanal - Os Quatro Elementos", de Dario Beduschi.
A atração musical será com a Banda Municipal de Blumenau. A promoção começa às 19h com a conversa com artistas. Professores, arte-educadores, coordenadores pedagógicos, artistas, alunos de arte e comunidade em geral estão convidados a participar dessa roda de conversa. As exposições ficam abertas à visitação no período de 7 de agosto a 21 de setembro,  de terça-feira à domingo, das 10h às 16h. Agendamentos de visitas podem ser feitos pelo telefone (47) 3381-6176.
Na Sala Oficial, Matéria Efêmera traz de Brasília para o público de Blumenau uma inventiva produção de rara beleza. São obras criadas por Hermínia Metzler, Márcia Mazzoni e Rosilene Horta, irmãs de sangue da arte povera (movimento artístico italiano que se desenvolveu na segunda metade da década de 60). Seus adeptos usavam materiais de pintura não convencionais (terra, madeira e trapos), eliminando quaisquer barreiras entre a arte do dia-a-dia das pessoas. Ao se apropriarem de elementos descartáveis e inutilizados do uso cotidiano, como plástico, garrafas Pet, arames etc., as artistas recriam um universo poético de grande potência lírica com uma inquestionável genuinidade.
A Sala Especial apresenta "noscasulos", de Maria Carmen von Linsingen. O grande casulo doador, ferido pelas cores, liberta de suas entranhas o sumo colorido para a criação de seu entorno... tantos outros casulos, deleitam-se sobre manta de aspecto orgânico, resultado pleno de alquimia. Os casulos que nela se sustentam, remetem ao interno mais profundo do ser, acalentado pela vivência das cores. Em seu interior, uma proposta para o livre arbítrio, onde o toque promove sensações, estimulando as cegueiras, quiçá instigadas a celebrar a arte.
A Galeria Municipal de Arte - Sala Alberto Luz apresenta outras duas exposições. A de Ilca Barcellos traz Pulsar da Vida. "Obras perpassadas por vitalidade espiritual pela força de expressão, prenhes com intensa vida própria, não busquemos identificá-las nos registros biológicos, elas se movem em todos os sentidos, mergulham em nossa realidade, são o próprio significado do esforço da sobrevivência, remetem às origens da vida oceânica, às contradições de atração/repulsão do desconhecido, harmonia perfeita entre matérias díspares. Obra de uma escultora, Ilca Barcellos, ou sinalização da vida oculta numa palavra: existir", comenta o crítico de arte Walter de Queiroz Guerreiro.
Outra atração é Kelly Kreis Taglieber com "Desenho-Pintura (Linhas-Pensamentos)". O desenho é a base e o escopo de todo o trabalho artístico da autora que vem trabalhando no sentido de "desenhar como se estivesse pintando", ou seja desenhando em cima de telas onde tradicionalmente se pinta. Embora a discussão sobre diferentes suportes e materiais diferentes e transgressões de técnicas já vem desde os anos 1990, Kelly embarcou nesta discussão agora devido a uma evolução pessoal do seu trabalho, que embora "diluída" no contexto geral da Arte Contemporânea, encontra no seu trabalho uma vazão de traços viscerais.
Em outro espaço da Fundação Cultural, na Sala Elke Hering, as obras vêm da França. Lorena Acin, artista plástica e gravurista, apresenta nesta exposição "Des ciels", obras que integram uma busca, uma caminhada que iniciou em 2012. O suporte com papel japonês wentsu permite na sua transparência o surgimento de sequências de céus infinitos e sugestões de reflexos em constante transformação, as manifestações espontâneas da tinta, o resultado em cores e texturas. A gravura com suas técnicas de experimentação permitem-lhe criar em liberdade como uma verdadeira expressão vital.
Os céus (Los Cielos) são obras que partem de impressões desenvolvidas em duas matrizes de madeira japonesa, cujas tiragens de várias cópias oferecem uma peça peculiar e escolhida que expressará o movimento, a poesia, outra época... ou uma lembrança. A série Cielos 1 e 2 compõe-se de quatro estampas (monotipos) a partir de imagens quase em primeiro plano, uma aproximação ao etéreo, belo e infinito. A expressão do movimento e da constante mudança são as premissas de sua busca a partir da contemplação.
"O Projeto "Metametria", de Fernando Quitério, investiga a percepção sobre as formas geométricas, fazendo uso da metalinguagem e dos princípios da Gestalt para subverter a maneira que observamos e assimilamos a geometria presente no cotidiano. A mostra é composta de 10 desenhos em Nanquim e vai ser exposta na Galeria do Papel do MAB.

Lançamento de livros
Na noite cultural, a escritora Diedra Roiz lança AMA/DOR/A, um livro composto por 39 poesias que dá voz e visibilidade a uma realidade que ainda é minoria na produção literária: a da mulher como protagonista, narradora, sujeito, desejante, portadora da voz, do ponto de vista e do discurso. A apresentação do livro, escrita por Terezinha Manczak, o define como "uma poética que trata de amor (es) urbanos, vividos, moldados na experiência e nas buscas de uma mulher que sabe o que quer. Percebe-se em AMA/DOR/A de Diedra, não a repetida variação sobre o mesmo tema, mas uma unidade - onde o fio condutor de toda a obra não é outra coisa senão a paixão. Ao invés de se ocupar em cortar palavras, Diedra se dispõe a cortar a própria carne em oferenda, sem medo de sangrar até sentir-se dominada. Os rasgos não são traços da loucura de palavras vazias - sem sentido - tudo faz sentido, a partir do momento em que a autora diz sem pudores, tudo o que deseja e espera do amor."
Já no Livro Sono, Luís Bogo é filosoficamente despretensioso, mas ao mesmo tempo provocativo, pois faz alguns questionamentos existenciais a partir de constatações cotidianas, partindo de impressões ligeiras para reflexões um tanto mais profundas. Ainda de acordo com o autor, "a poesia tem a capacidade de aguçar a espiritualidade das pessoas através do belo, mas também através do inusitado, de episódios menos aprazíveis e prazerosos que, igualmente, deixam marcas nos corpos e nas almas”. Enfim, comenta, que ao desenrolar o tecido da existência, as pessoas percebem que, no fundo, restará apenas a estampa do que foi poético de uma forma ou de outra.
Em Pantanal - Os Quatro Elementos, de Dario Beduschi, as emoções são fortes e envolventes. São, definitivamente, explícitas nas palavras do autor. O contexto é fabuloso. Há o retrato das mais belas paisagens, a pesca rica e abundante nas águas dos rios do Mato Grosso do Sul, o que revela uma empatia àqueles lugares e fortemente vem os empreendimentos, o profissionalismo, a fidelidade, a solidariedade, a amizade, a vida do dia-a-dia, ritmadas, pela ética, pela compreensão, pela iniciativa e pela coragem. Ler toda esta narrativa leva a uma viagem surpreendente. Grandes aventuras de pescarias no Pantanal e com histórias de pescador.
A Banda Municipal de Blumenau será a atração musical da noite, com a apresentação de parte do repertório do show de 52 anos.


Serviço:
Abertura da 3ª Temporada de Exposições no MAB
Data: quinta-feira, dia 7 de agosto
Horário: 19h
Local: Fundação Cultural de Blumenau
Atração musical: Banda Municipal de Blumenau
Visitação: até 21 de setembro. De terça-feira a domingo, das 10h às 16h
Visitas mediadas podem ser marcadas pelo telefone 3381-6176
Entrada gratuita
As exposições ficarão abertas de 7 de agosto a 21 de setembro de 2014, de terça-feira à domingo, das 10h às 16h
Agendamentos: pelo telefone (47) 3381-6176.


Assessor de Comunicação: Sérgio Antonello 




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