Após cirurgia de alta complexidade, olhando as embalagens do medicamento, que se tornou seu companheiro até que a morte os separe, a artista Martha Ozol sentiu empatia por elas. Esse olhar deflagrou o gesto primordial que, para ela, é um estado de espírito que aparece, meio por acaso, quando se tem empatia por algum objeto. E assim, com o corpo em processo de extrema e inevitável mudança e com a vida dependendo, dali em diante, de um substituto artificial para a substância antes fabricada pelo corpo, surgiu a ideia desta obra. A reflexão sobre a vulnerabilidade e o poder, a dependência e a liberdade, a gratidão e o direito, a vitimização e a resiliência, o efêmero e o permanente passaram, mais do que nunca, a fazer parte integrante da vida da artista. No período de cinco anos (2013 a 2018) ela consumiu em torno de 18.250 cápsulas, embaladas em 608 caixas, 608 bulas, 1824 blisters, e milhares de lacres usando parte deste material na obra aqui apresentada. A artista usou o busto e
O MAB é o maior e mais importante registro cultural das artes plásticas do município. Tem como objetivo principal a socialização da arte em todos os seus níveis, catequizando o indivíduo e ajudando a formar cidadãos mais críticos e conscientes do papel fundamental da cultura para nossa vida. Além disso, visa promover o intercâmbio cultural entre o estado e o país e estimular a produção artística da cidade. Esta ferramenta busca uma maior interatividade entre o MAB a comunidade em geral.