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#TBT no MAB destaca o artista Tadeu Bittencourt


Dando continuidade à série #TBT no MAB, vídeo desta semana relembra e presta homenagem ao artista Tadeu Bittencourt, que em 2011 e 2016, teve obras expostas na Galeria Municipal de Artes, em comemoração aos seus 25 e 30 anos de trajetória. O artista blumenauense nasceu em 1955 e faleceu em 2016, aos 60 anos. Sua arte se sobressaiu a partir da década de 1980.

Tadeu apresentou no seu universo de criação diversas linguagens pelas quais transitou com plena liberdade. Suas obras foram marcadas por emoções e sentimentos, o que fez dele o artista mais premiado de Santa Catarina. No percurso histórico, sua produção pode ser apresentada em núcleos: pintura, caminhos das velas, a linha do espaço, cornucópias, a poética espacial do ar e objetos sonoros.

Na pintura, explorou inicialmente o figurativo, com o torso bem marcado e as formas arredondadas, tendo como referência o movimento modernista brasileiro. O prazer das pinceladas gestuais, as formas dissolvendo-se, no campo de cores, manchas concentrando-se em variações tonais, sugerindo devaneios, dão início ao período das formas geométricas.

Na década de 1990 a 2000, o artista não mais compartilha com a atitude modernista, e busca incorporar as tessituras do mundo real, comentando a vida em suas grandezas e pequenezas, em seus estranhamentos e banalidades. Nesta fase, a pintura revela a grandiosidade de um mundo imaginário, nas profundezas das águas, do ar, da terra e do fogo. As obras incluem a existência da natureza e das banalidades na vida humana.

Toques repetidos

Na série de pinturas o voo dos transeuntes mostra sua aptidão para o discurso espacial. Nela, o artista ensaia possíveis voos em outras dimensões do universo.  Nas pinturas executadas, a cor chega à tela pela vibração dos toques repetidos.

Em Cornucópias, com o uso de materiais leves e recicláveis, o artista dá volume as linhas. Com referência na mitologia, o termo designa um vaso em forma de chifre, com flores e frutas que dele extravasam profusamente. O antigo símbolo da fertilidade, riqueza e abundância, hoje simboliza a agricultura e o comércio.

Metaforicamente, imagina-se que engolido pela ganância o homem colhe o que planta e acaba sendo projetado para bem longe, em outras dimensões do universo. A ponta muito estreita indica o destino, como também mostra o final da história: as reservas do empreendimento acabaram, a pobreza é real e a escassez de recursos é crescente.

A experimentação das possibilidades do espaço e o desafiador tratamento do volume e seu respectivo peso resultam em uma série de instalações de objetos flutuantes, onde pesquisa a água e o ar. O suporte bastante explorado é a câmara de ar. Os objetos murchos e deformados explodem em uma nova tridimensionalidade. Adquirem volume, bastando apenas moldar a forma. Apertar, sobrepor, estrangular. Isto é, construir para depois descontruir e finalmente criar. Com materiais alternativos e descartáveis cria objetos sonoros interativos feitos com canos de pvc e buzinas de bicicletas.

Para comemorar 25 anos de trajetória artística, em exposição no MAB em agosto de 2011, criou objeto sonoro, em parceria com Radamés Facchi, redefinindo materiais como galões de tintas e cordas. A obra foi instalada no Espaço Elfy Eggert da Secretaria Municipal de Cultura. Durante o período de visitação à mostra, o público pode interagir com a mesma.

O Museu de Arte de Blumenau, ao expor obras de seu acervo, entre elas as premiadas “Cornucópia” e “Parede”, prestou justa homenagem ao artista Tadeu Bittencourt pela trajetória de 30 anos dedicados à arte, que em suas veias, sempre esteve em efervescência.

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Assessor de Comunicação: Sérgio Antonello 

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