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Fundação Cultural e MAB celebram o orgulho da consciência negra

Comunidade blumenauense se reuniu para apreciar apresentações artísticas e culturais

A Fundação Cultural e o Museu de Arte de Blumenau (MAB) celebraram na noite de terça-feira, dia 20, o "Dia da Consciência Negra", um evento consolidado com as parcerias da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Núcleo de Estudos Afro Brasileiros (Neab) e Movimento Cisne Negro. A iniciativa contou com manifestações de ilustres negros blumenauenses, expoentes da literatura, como José Endoença Martins e a professora Tania Maria da Silva, reconhecida pioneira na arte dos "griôs africanos". O público acompanhou contações de histórias, apresentações artísticas e culturais com os professores de capoeira Tigre, Grupo de Capoeira Muzenza e de dança Alice Lima.

Os convidados foram recepcionados na Galeria do Papel pela professora Noemi Kellermann, que deu início às atividades com as apresentações artísticas e culturais dos professores Tigre e Alice Lima. O público foi convidado, posteriormente, a ingressar no Cine Teatro Edith Gaertner para abertura oficial do evento com o presidente da Fundação Cultural de Blumenau, Rodrigo Ramos. Em seguida, a atividades prosseguiram com as palestras dos professores José Endoença Martins e Tânia Maria de Sousa. Após, os visitantes participaram com perguntas e depoimentos. Houve sorteio de livros sobre literatura infantil e na oportunidade Noemi gentilmente fez a doação para a Biblioteca Municipal Dr. Fritz Muller de 10 livros que abordam o tema e que podem ser trabalhados em sala de aula.

Educação, arte e cultura

O dia 20 de novembro, que era considerado como o Dia da Consciência Negra desde novembro de 2011, pela Lei 12.519, é também o Dia Nacional de Zumbi dos Palmares, líder que durante 14 anos comandou a resistência de milhares de negros contra a escravidão no Brasil. “É uma data de reflexão para os brasileiros, pois o país, mesmo encerrado formalmente o seu passado escravista, com a promulgação, em 1888, da Lei Áurea, em pleno século 21 ainda não conseguiu saldar a dívida histórica com os descendentes dos homens e mulheres africanos feitos cativos ao longo de mais de três séculos. Há ainda uma longa estrada a ser trilhada com muitos obstáculos a serem ultrapassados”, observa Noemi.

Um dos graves obstáculos relaciona-se à identidade e a autoestima do povo negro. “Isto, em geral, diante do preconceito, da falta de um referencial em que se possa reconhecer, do esquecimento dos seus ancestrais do continente de origem, da sempre presente memória dos tempos da escravidão e, em maioria pela falta de boas opções e oportunidades econômicas, culturais e sociais. Entretanto, há um lugar que deverá desempenhar um papel importante de esperança e perspectiva de boa construção para a efetiva e mais rápida mudança em favor do povo negro: a Escola, através da atuação dos seus professores, junto a crianças e jovens negros e brancos”, conclui a professora.

Livros doados à biblioteca municipal

Diário de Pilar na África, de Flávia Lins e Silva
AMORAS, de Emicida
Menina Bonita do Laço de Fita, de Ana Maria Machado
Chuva de Mang, de James Runford
Cachorro Preto - Cachorro Branco, de Danielle Felicetti Muguy
Nina África, de Lenice Gomes, Arlene Holanda e Clayson Gomes
ÁFRICA - Contos do rio, de Silva e Savana
O Menino Marrom, de Ziraldo
Meu avô africano, de Carmen Lucia Campos
OBAX, de André Neves

Assessor de Comunicação: Sérgio Antonello


Fotos
  • Foto: Mia Ávila / FCB
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