A mostra do Coletivo @7 apresenta-se na forma de um desenho, que é a representação desse sistema sem início e fim, que pode ser acessado por diversos pontos de entrada.
Cada artista, partindo de sua pesquisa atual, foi estimulada a escolher uma frase ou pensamento que a representasse. Em seguida, houve um sorteio no qual cada uma ficou incumbida de se aprofundar na obra da colega sorteada pelo viés da sua pesquisa e, sob o mesmo critério, também receber um olhar ativo, sensível e generoso sobre a sua produção. A exposição partiu da conscientização de que a aproximação, troca e integração são fundamentais para a produção contemporânea.
As artistas
Ana Biolchini nasceu no Rio de Janeiro, onde vive e tem seu ateliê. Em sua obra, busca interseções entre corpo, objeto, imagem e performance. Está presente em sua linguagem o conceito de um fio invisível que tudo conecta. Os eixos vertical, horizontal e transversal são estruturantes da estética e do conceito nas linhas de trabalho. Incorpora métodos como RPG no campo da matéria e Resseguier no campo sensível, além de conceitos da filosofia, mestres da Idade Média, retiros de silêncio e também elementos de diferentes tradições sagradas, como Kaballah, Cristianismo etc.
Ana Montenegro é artista visual e performer. Com formação em arquitetura, cenografia e Semiótica Peirceana, desenvolve cursos de processo artístico com base na semiótica, oficinas, palestras e assessoria para artistas. Vive e trabalha entre o Brasil e a Argentina. Em seu processo pessoal de pesquisa, explora a relação entre o performer e o público, a fragilidade e a vulnerabilidade humana, o isolamento e ainda a fronteira entre realidade e ficção nas relações contemporâneas. Utiliza o termo Forma Performance (Bourriaud) como premissa para abordar o aspecto interdisciplinar e colaborativo na linguagem da performance, trabalhando com criadores de vários campos (fotógrafos, músicos, coreógrafos, cineastas).
Cecilia Walton vive e trabalha em São Paulo. Em seu processo, destaca a ressignificação de materiais empregados na produção de arte, fazendo novas conexões e incorporações. Outras vezes usa a própria história da arte para a feitura de suas obras.
A artista visual Deolinda Aguiar, de Ribeirão Preto (SP), dialoga com a arquitetura do espaço utilizando materiais estruturais como vigas de madeira, fios elétricos, roupas desmanchadas e materiais gráficos, entre outros, para refletir as estruturas de poder.
A artista visual e pesquisadora independente Érika Malzoni tem sua pesquisa relacionada ao potencial narrativo do cotidiano, sistema de valores culturais e referências da história da arte, para refletir criticamente sobre a transitoriedade, o excesso, a resistência, a memória e os efeitos da tecnologia no mundo contemporâneo. Seus trabalhos partem da apropriação de objetos simples, de uso comum, domésticos e remanescentes. Iniciou sua prática artística fazendo uso da fotografia, até perceber interesse maior pela tridimensionalidade e dar sequência a uma vigorosa produção de objetos, assemblagens, esculturas e instalações.
Malvina Sammarone é artista visual e pesquisadora independente. Vive e trabalha em São Paulo. Os conceitos de experimentação, aleatório, sistema, jogo, memória e re-combinação estão presentes em sua obra. Surgem elementos de tensão, inversão, equilíbrio, compensação, contraste, variação, solução. As regras do jogo também podem ser alteradas modificando o sistema estabelecido. A realidade passa a funcionar de outro modo em relação ao discurso vigente, o que confere ao trabalho um caráter político.
A artista Natalie Salazar (Rio de Janeiro – 1969) vive em São Paulo. Trabalha a partir do resgate de memórias, livros e fotografias do arquivo de sua família, reutilizando-os a fim de criar novas conexões, estranhamentos ou deslocamentos. Desenvolve textos literários vinculados a sua pesquisa visual. Dentre as exposições que participou, destaca-se o Prêmio Brasil de Fotografia e suas últimas exposições individuais realizadas no Gaia-Unicamp e na Pinacoteca da UFV, onde a artista buscou tensionar o limite da representação.
Saiba mais
Abertura da 2ª Temporada de Exposições no MAB
Data: 16 de maio, quinta-feira
Horários
19h: conversa com os artistas expositores
20h: abertura da temporada, lançamento de livro e apresentação musical
Visitas: até 23 de junho, de terça-feira a domingo, das 10h às 16h
Visitas mediadas: podem ser marcadas pelo telefone 3381-6176
Classificação etária indicativa: Livre
Entrada franca
Semana Nacional dos Museus
A 2ª Temporada de Exposições é uma das atrações deste ano Semana Nacional dos Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Em 2019, assim como nos anos anteriores, iniciativas estão sendo preparadas para comemorar o Dia Internacional dos Museus (18 de maio)
As exposições
Desenhos de Um Real - de Diego de Los Campos (SC)
Coletivo @7 - de Ana Biolchini, Ana Montenegro, Cecília Walton, Deolinda Aguiar, Érika Malzoni, Malvina Sammarone e Natalie Salazar (SP e RJ)
Como fazer um pote? - de Roseli Moreira
5 Marias - de Cyntia Kava, Fernanda Alonso, Luiza Uady, Maria Emilia Mendes e Marinice Costa (PR)
Apto 22 - de Adriana Granado
Assessor de Comunicação: Sérgio Antonello
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