O Museu de Arte de Blumenau (MAB) participou da Semana da Consciência Negra com o objetivo de ampliar as reflexões sobre as perspectivas desse segmento da população. A iniciativa foi uma realização da Secretaria de Cultura e Relações Institucionais (SMC), do MAB e do Coletivo Feminista de Mulheres Negras Antonieta de Barros.
A programação se desenrolou desde a última segunda-feira, 18 de novembro, quando o público acompanhou a palestra sobre arte urbana, resultado de pesquisa do artista Lucas Caetano. Incrementaram a lista de atrações a exposição com obras dos artistas Felipe Costa, Carolina Gabriela e Pilaco Under. O Baque de Mulheres do Maracatu Capivara encerrou a programação no primeiro dia.
Em sua palestra, na quarta-feira, dia 20, a professora da Furb Halina Leal colocou em análise e discussão a inseparabilidade estrutural entre patriarcado, sexismo, racismo e suas articulações, que implicam, segundo ela, em múltiplas situações de opressão sofridas pelas mulheres negras.
O encontro também analisou algumas consequências dessas opressões como, por exemplo, o lugar social ocupado por tais mulheres, lugar este muitas vezes caracterizado pela violência, “apagamento e não pertencimento” a diversos ambientes. O público constituído por aproximadamente 40 pessoas, em sua maioria mulheres, contribuiu com relatos e questionamentos inerentes à temática.
O secretário de Cultura Rodrigo Ramos considera relevante que o MAB, a exemplo de alguns outros importantes museus brasileiros, abra espaço para essa celebração e reflexão sobre a data. Esta é a segunda edição do evento com a formatação voltada para a educação, arte e cultura, resultado de discussões no conselho consultivo do museu. A primeira edição ocorreu em 2018, com a curadoria da professora e conselheira Noemi Kellermann.
Assessor de Comunicação: Sérgio Antonello
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