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Pinturas remetem aos desafios das relações humanas contemporâneas

Artista gaúcha Maria do Horto Kuhn traz para a Galeria do Papel a exposição "Fitas: conexões fluidas".

Inspirada pela filosofia do pensador francês Emmanuel Levinas, a série “Fitas: conexões fluidas”, de Maria do Horto Kuhn, explora a alteridade como um caminho para o equilíbrio entre as diversas perspectivas éticas e morais humanas. Utilizando a fita como fio condutor, a obra propõe uma reflexão profunda sobre os desafios das relações humanas contemporâneas. Em um mundo marcado por diferenças e polarizações, a empatia e a alteridade emergem como alternativas indispensáveis para a construção de uma civilização mais inclusiva e compreensiva.

A mostra será aberta quinta-feira, dia 4 de junho, às 19h, na Galeria do Papel, e faz parte da 3ª Temporada de Exposições do Museu de Arte de Blumenau (MAB). A programação do evento terá conversa com artistas e curadores, lançamento de livro e show musical.

As exposições ficam abertas até 25 de agosto, de terça-feira a domingo, das 10h às 16h. Visitas mediadas para grupos podem ser agendadas pelos telefones (47) 3381-6176 e pelo e-mail gerenciamab.smc@blumenau.sc.gov.br.

Para a exposição “Fitas: conexões fluidas” foram produzidas seis pinturas de tamanho 90x120cm cada, que contam com a curadoria de Letícia Lau. As fitas se apresentam como linhas que fluem, se entrelaçam e flutuam. Elas enlaçam, soltam e se enrolam, mas não aprisionam, servindo como metáfora para os laços afetivos, relações e convívios humanos.

 

Harmonia

 

A necessidade inata do ser humano de estabelecer vínculos e viver em sociedade instiga reflexões sobre harmonia e colaboração. Enquanto nós e emaranhados sugerem uma existência restrita, a fluidez das fitas destaca que a aceitação das diferenças conduz à liberdade do ser.

Outro elemento presente nas obras é a fenda. Nesse espaço de ruptura, a pintura se diferencia do restante da composição, incentivando o espectador a contemplar o diverso. Por meio desse intervalo, às vezes estreito, outras vezes abrangendo quase toda a extensão da obra, é possível espiar as diferenças e a dualidade dos laços, tanto pictóricos quanto subjetivos.

Natural de Uruguaiana, Maria do Horto Kuhn dedica-se à pintura desde os anos 1980. Cursou Desenho na Escola de Artes em Uruguaiana e Pintura no Ateliê Estágio Vera Wildner. Participou de exposições coletivas e realizou algumas exposições individuais em São Paulo, Porto Alegre, Novo Hamburgo e Uruguaiana. Desde 2018 é orientanda em projetos de pintura por Leticia Lau. Desenvolve sua poética artística através de uma pintura hiperrealista para tratar de assuntos referentes às relações humanas, memórias e a relações com o espaço como gatilhos para lembranças, deslocamentos e travessias, sempre de forma simbólica.

 

Saiba mais:

Abertura da 3ª Temporada de Exposições no MAB

 

Quando: 4 de julho, quinta-feira

Horários:

19h: Conversa com os artistas expositores

20h: Abertura da temporada de exposições

Mesa temática: Qual seu Sonho de Paz, com Terezinha Manczak

Lançamento de livro: Não-me esqueças "Vergissmeinnicht", de Ellen Christa da Silva

20h30: Coro misto Stimmen des Herzens, do Centro Cultural de Blumenau, e apresentação musical por músicos da Banda Municipal de Blumenau

Visitas: até 25 de agosto, de terça-feira a domingo, das 10h às 16h. Visitas mediadas podem ser marcadas pelo telefone 3381-6176

Classificação indicativa de idade: Livre

Entrada gratuita

 

O que ver:

 

Sala Roy Kellermann: Identidades Bordadas, do Coletivo Bordas

Sala Pedro Dantas: Maria Salette: 40 anos de Arte

Sala Elke Hering: Arte além mar... 200 anos de Imigração Alemã no Brasil, do acervo do MAB

Galeria Municipal de Arte/Sala Alberto Luz: Tentativas: da monocromia à policromia, passando pela acromia, do Coletivo GAP

Galeria do Papel: Fitas: conexões fluidas, de Maria do Horto Kuhn

 

Assessor de Comunicação: Sérgio Antonello



postada em 27/06/2024 11:29 - 24 visualizações



Fotos
  • Foto: Divulgação/SMC
  • Foto: Divulgação/SMC

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