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Noite Multicultural | junho 2011


Fundação Cultural convida para Noite Multicultural

A Fundação Cultural de Blumenau convida a comunidade para mais uma Noite Multicultural, na próxima quinta-feira, 2, com a abertura da exposição (Co) Existência, com oito artistas/ceramistas catarinenses: Ilca Barcellos, Myllene Albuquerque, Rosangela Costa, Roseli Moreira, Sâmya GAC Leite, Sara Ramos, Solange Simas e Vanda Kair. Todas vão expor nas salas Oficial do MAB, Especial, Elke Hering, na Galeria Municipal e na Galeria do Papel. Como atração musical a apresentação da Banda Municipal de Blumenau e Noite de Autógrafos, com o lançamento da segunda edição do livro O Retrato da Nudez Eólica, de Cláudia Iara Vetter. A partir das 18h30 acontece o encontro com os artistas que vão falar sobre sua trajetória e obras expostas. Professores, arte-educadores, coordenadores pedagógicos, artistas, acadêmicos, alunos de arte e a comunidade em geral estão convidados a participar desse bate-papo. A Fundação Cultural fica na Rua Quinze de Novembro, 161, e a visitação às exposições poderá ser feita até 26 de junho, de terça a sexta-feira, das 9 às 17 horas; sábados, domingos e feriados, das 10 às 16 horas. Visitas monitoradas podem ser marcadas pelo telefone 3326 6596. A entrada é gratuita.

Na mostra (Co) Existência as artistas dialogam numa mesma linguagem, através da cerâmica. São trabalhos contemporâneos que remetem à existência, à vida.

A vida vista a partir de seu primeiro sopro, na sua fragilidade; assim são os trabalhos da artista Ilca Barcellos. A formação acadêmica como bióloga, confere à sua produção artística a expressão da própria vida. Na série Fósseis, Ilca relata: "A temática que perpassa no conjunto do meu trabalho é a pulsação da vida, do mundo biológico. Busco, portanto, a inspiração em estruturas vitais ligadas ao germinar da vida, ao brotar. São estruturas aparentemente frágeis e tênues, mas que condensam em si a capacidade do devir, do tornar-se algo, do modificar-se".

No mesmo sentido, a proposta de Roseli Moreira traz o desencadeamento do porvir, da transmutação, do ser que se renova.

Rosângela Rosa, com sua série "Livros", aponta para os registros que se fez ao longo da história da humanidade sobre a existência dos seres vivos, as coisas percebidas e a ordem humana das ideias e das ciências. Ainda dessa artista, a obra pote Mãe remete ao útero e à procriação.

Já as obras de Myllene Albuquerque e Vanda kair, Bolsa e Receptáculo, focam o sentido da existência sob uma perspectiva social. O que guardaríamos nesta existência? O que é relevante para um e supérfluo ou descartável para outro.

Sara Ramos também tece um pensar sobre a existência humana com as obras: Você tem fome de que? E Oferenda. As obras nos fazem pensar sobre a maneira com que percebemos a realidade ou como somos tocados por ela, de como cada ser pensante atua neste jogo de emoções, sentimentos, formas e cores, que é a vida humana.

As Gotas de Sâmya GAC Leite remetem à ideia da coletividade, da harmonia e sintonia entre as partes, para formar um todo harmonioso e equilibrado. Já os tripticos são estilizações de sutiãs, que nos lembram o aleitamento materno, o prover a vida.

As obras de Solange Simas potencializam toda a sua sensibilidade, ao retratar o mundo por ela observado. Suas instalações causam impacto pelas representações e significantes que emergem da obra, propiciando leituras de diversos significados. Avessa a alternativas prontas, Solange denuncia os modos de alienação social. Em sua obra "não é isso", provoca uma interrogação crítica e alerta sobre como as imagens da mídia moldam a imaginação do espectador. Na Sala Oficial podemos encontrar um conjunto de suas obras que remetem à existência humana; sua identidade e a tênue linha entre vida e morte.

Em (Co) Existência podemos sentir que a arte e a vida estão indissociavelmente ligadas, e a essência de cada artista impressa em cada um de seus trabalhos.

Segundo Merleau Ponty "cada experiência expressiva é o análogo de todas as outras; e as totalidades por elas expressas, o sistema de equivalência que é nossa vida".

Maria Goretti Ferreira
Artista plástica/ceramista
Conselheira do Museu de Arte de Blumenau
Conversa com os artistas

A partir das 18h30 as salas estarão abertas para visitação, com a presença dos artistas expositores para um bate-papo com troca de experiências e conhecimentos.

Informações sobre as expositoras

Ilca Marlene Barcellos de Souza
É natural de Pelotas/RS; reside em Florianópolis. Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina. Máster em Botânica pela Universidade Paris VI - França. Participou de vários cursos e oficinas de cerâmica. Seus trabalhos foram expostos no Brasil, Canadá e Itália. Participou dos Salões: Jovens Artistas - MASC 2007 (Prêmio Aquisição), 2º Salão de Cerâmica/Curitiba (três obras selecionadas); IX Bienal Internacional de Cerâmica Artística em Aveiro/Portugal (uma obra selecionada), IV Bienal Internacional Del Mosaico Contemporâneo, San Nicolas de los Arroyos, Buenos Aires, Argentina, em julho de 2009, artista convidada para participar do Elit Tile 2010, Quarta Trienal Internacional Del Tile Cerâmico, Santo Domingo, República Dominicana, II Premi Bienal de Cerâmica i Terrisasa, Vila de la Galera, Espanha, 3º Salão Nacional de Cerâmica/Curitiba.

Myllene Machado Albuquerque
É natural de Biguaçu; reside em Florianópolis. Graduada em Pedagogia pela Univesidade do Vale do Itajaí. Realizou cursos de modelagem, escultura, cerâmica/peças figurativa, além de oficinas. Participou das exposições 2010/11 no Museu Histórico de Santa Catarina - "Exposição Guardar" Bando do Barro.
2010 - Bienal B - Bando do Barro - Porto Alegre.
2006 - Acervo Museu de Jaraguá do Sul.
1998 - Acervo Museu Infantil Brinquedoteca - UFSC.

Rosangela Goretti Lange Rosa
É natural de Blumenau; reside em Florianópolis.Graduada em Artes Plásticas pela Fundação Universidade Regional de Blumenau. Atualmente cursa, em fase final, Bacharelado em Artes Plásticas pela UDESC, em Florianópolis. Estudou cerâmica e vitrificação inicialmente com a professora Rosely Moreira e atualmente com Betania Silveira, em Florianópolis, adquirindo amplos conhecimentos na técnica de torno, com Eriberto Moreira. Participou de exposições em Santa Catarina e São Paulo. Premiações 2º Salão Nacional de Cerâmica, como artista classificada - de 6 de novembro de 2008 a 6 de março de 2009, na Casa Andrade Murici, em Curitib. 3º Salão Nacional de Cerâmica, como artista classificada - de 30 de Junho a 3 de outubro de 2010, na Casa Andrade Murici, em Curitiba. Participação no 1º Encontro Internacional de Ceramistas - USP - de 22 a 25 de março de 2011, em São Paulo.

Roseli Kietzer Moreira
É natural de Blumenau. Graduada em Artes Visuais pela FURB, com especialização em Cerâmica pela Universidade de Passo Fundo/RS e mestrado em Educação pela FURB. É professora da Fundação Universidade Regional de Blumenau no curso de Graduação de Artes Visuais e Arte-educadora na Fundação Cultural de Brusque. Participou de várias exposições, eventos e projetos, entre eles o Mural Cerâmico: marco de superação pela Arte, 2010. Projeto Cultural aprovado pelo edital Elisabete Anderle e Fundação Catarinense de Cultura - produção de um mural cerâmico em local público na cidade de Blumenau, contando com a participação artística de crianças de escolas estaduais do ensino fundamental e do auxílio técnico de alunos da graduação de Artes da FURB, com a temática das Enchentes que assolaram a cidade de Blumenau em 2008.

Sâmya Gardênia Amaral Correia Leite
É natural de Fortaleza/CE; reside Palhoça. Graduada em Pedagogia. Em 2004 iniciou ateliê de cerâmica escultórica com Betânia Silveira no Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), Florianópolis. É aluna da Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC), em disciplinas com os professores Luiz Canabarro e Betânia Silveira. Seus trabalhos têm inspiração nos momentos marcantes da maternidade e experiências de vida. Participou de exposições em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Sara do Vale Pereira Ramos
É de Florianópolis. Graduada em Artes Visuais pela UDESC e em Português, Inglês e Literatura, pela UFSC. Participou de várias exposições individuais e coletivas no Estado. Salões nacionais e internacionais: 2010 - III salão Nacional de Cerâmica - Curitiba; IV International Ceramic Tile Triennial - Santo Domingo/República Dominicana; 2009 - Mural "Rawson en el Bicentenário" - Chubut/Argentina; 2009 - Cerâmica Mosaico Mural Hanoi Artes - Hanoi/Vietnan; 2009 - Placas de Artistas III - Paso de los Libres - Argentina; 2009 - IV Bienal Del Mosaico Contemporâneo - Buenos Aires;2008 - II Bienal Nacional de Cerâmica Artística - Curitiba; 2007 - VIII Bienal de Cerâmica Artística de Aveiro - Aveiro / Portugal;2007 - III Bienal del Mosaico Contemporâneo - Buenos Aires; 2005 - 5th International Prize of Contemporary Ceramics-Cerco Aragon -Zaragoza/Espanha; 2005 - 10º Salão de Artes Visuais de Itajaí - Itajaí; 2004 - 16º Salão Paranaense de Cerâmica Artística - Curitiba. Prêmios e obras em museus e espaços públicos: 2010 - Prêmio Especial Taller Doña Iris - IV International Ceramic Tile - Santo Domingo/República Dominicana;2009 - Mural "Rawson en el Bicentenário" - Chubut /Argentina; 2009 - Ceramica Mosaico Mural Hanoi Artes - Hanoi/Vietnan; 2009 - Placas de Artistas III - Paso de los Libres/Argentina 2007 - Instalação Reverso Plural - CIC - Florianópolis-2007 - Museu de Aveiro - Obra Voyeur - Aveiro/Portugal.

Solange Regina Sousa Simas
É natural de Joinville. Graduada em Terapia Ocupacional - ACE , com Pós-graduação em Psicomotricidade - ACE. Participou de vários encontros, congressos, seminários, simpósios e cursos sobre cerâmica. Entre as várias mostras, encontros, projetos e salões estão:. Assim na terra como no céu. (Individual) - Galeria Municipal de Arte Victor Kursancew, Joinville - 2007; Pretexto. Sesc - Galeria Municipal de Arte Victor Kursancew -Joinville - 2007;. Diez Años de Cerámica Contemporánea. Taller Escuela de Cerámica de Muel, Muel - Espanha - 2011; 3º Salão Paranaense de Cerâmica. Casa Andrade Muricy - Curitiba - 2010; Cerâmica Contemporânea - Exposição Individual. "Gallery of Arts" Centro Cultural Brasil Estados Unidos - Joinville - 2004; 16º Salão Paranaense de Cerâmica. Museu Alfredo Andersen - Curitiba - 2004; 16º Salão Paranaense de Cerâmica. Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Curitiba - 2004; 11º Salão dos Novos de Joinville. Cidadela Cultural Antarctica - Joinville - 2003. Na Espanha participou do CERCO Aragón/4 - Prêmio Internacional de Cerâmica Contemporânea, recebendo o "Primer Prêmio". Museo Pablo Serrano, Zaragoza - 2004.

Vanda Kair
É natural de Tubarão; reside em Biguaçu. Acadêmica do Curso de Artes Plásticas (UDESC). Frequenta curso de cerâmica (torno e figurativo), na Escola de Oleiros de São José, com os professores Canabarro e Betânia Silveira, na UDESC. Iniciou nas artes plásticas em 2000, tendo participado das exposições: 2008 - Festival de Inverno Udesc. "Painel Fotográfico" - Florianópolis - 2010 - Exposição coletiva de instalação "Não Repara a Bagunça" - Galeria Meyer Filho - Florianópolis - 2010 - 3ª. Semana Ousada de Artes UFSC e UDESC. Exposição de Cerâmica - Florianópolis - 2010 - Exposição coletiva Grupo Bando do Barro na Bienal B - Porto Alegre -2010/11 - Exposição coletiva "Guardar"- Grupo Bando do Barro - Museu Histórico de Santa Catarina.

Lançamento
Após editar e bancar sozinha a primeira e pequena edição de O Retrato da Nudez Eólica, a jovem escritora Cláudia Iara Vetter obteve patrocínio do Fundo Municipal de Apoio à Cultura de Blumenau para reeditar a obra, com uma tiragem de 1500 exemplares, que serão amplamente distribuídos a escolas municipais de Blumenau. Além da distribuição gratuita de exemplares, a autora realizará oficinas literárias com os estudantes dos educandários que visitar.

"O Retrato da Nudez Eólica é uma compilação textual de sentidos que as mãos sentem, mas não apalpam. Conduz dissonâncias dos dias, recolhidas na fragilidade de nossos conhecimentos e desconhecimentos, tornando-se uma passagem pela mais intensa profundidade do ser, em mesmo estar, superficial. A nudez se parte na transparência do vento, e o retrato se alonga na vitalidade, até onde o vento possa carregar; para os entregues, um fino véu da tessitura da alma, e ao tempo, a grandeza da condição de estar vivo! Apresentação da autora.

O livro traz na capa detalhe da obra "Duas irmãs", do artista visual Nestor Jr. ; é prefaciado pelo escritor Gregory Haertel e tem orelha do também poeta Vinicius Coelho. A obra tem apoio cultural e leva o selo editorial da Liquidificador Produtos Culturais .

"Exigindo das palavras mais do que elas aparentemente conseguiriam, deslocando sentidos na ânsia para que digam tudo aquilo que parece querer explodir dentro de si, Cláudia Iara Vetter nos oferece a segunda edição deste seu primeiro Retrato, um retrato em que a autora se expõe sem medos, rasgando a própria pele e nos dando de presente. Intenso, o seu livro não oferece facilidades. O amor de que Cláudia fala se equivale ao vazio sobre o qual também escreve. Os dois podem tanto salvar quanto engolir. E Cláudia, corajosa, permanece nua, recebendo diretamente contra o corpo as inconstâncias da vida, e escolhendo frases que são, todas, margens de um retrato seu."
Gregory Haertel, escritor e dramaturgo.

"As palavras sozinhas não dizem. Sabendo disso, Cláudia Iara Vetter usa das cores, dos sons e suas tonalidades para expressar os sentimentos e pensamentos em palavras. Reflete-se em nossos olhos, grita o silêncio. E vai além: despe-se ao vento, não esconde o que é dor ou oco, revela a vida em movimento. Traça as inscrições de seu corpo - arranhões, tatuagens, chagas antigas. Caminhamos consigo por sua estrada "bruta e malfeita", onde o que é secreto nos é oferto como um presente manualmente esmerado. No percurso d'O Retrato da Nudez Eólica, Cláudia mostra que de tudo só restam fragmentos. Assim como nos legou Safo, a grande poeta da Antiguidade, o amor abala o espírito como um vendaval que desaba sobre os carvalhos."
Vinicius Coelho, poeta.

Apresentação musical
A Banda Municipal, sob a regência do maestro João Carlos Cunico, fará uma apresentação/convite comemorativa do quadragésimo nono ano de sua criação. O repertório e coreografias produzidos pelo maestro e pelos 24 músicos, vão abrilhantar o evento. A Banda foi criada pelo decreto nº 412, de 21 de março de 1962, com a finalidade de difundir a música clássica e popular através de apresentações de concertos em auditórios e locais públicos da cidade. Para estimular o interesse pela música e investir na formação artística e cultural dos seus integrantes, foi criada a Sociedade de Amigos da Banda, em 2002.
São músicos que desenvolvem um repertório formado por música popular brasileira, mambo, jazz e coreografias que dão um show à parte. A Banda, que apresenta traje novo, está disponível para se apresentar em solenidades, formaturas, inaugurações, desfiles e outros eventos promovidos pelo poder público.
A Banda se apresenta com bateria, percussão, clarinete, saxofone, bombardino, trompete, trombone e baixo.



A Fundação Cultural de Blumenau fica na Rua XV de Novembro, 161 - Centro



Fonte: Mia Ávila, gerente do MAB (3326 6596 e 9927 9877)
Assessora de Comunicação: Marilí Martendal (3326 8124 e 9943 0235)

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