Pular para o conteúdo principal

Kelly Kreis usa desenhos para sair da depressão

Os desenhos apresentados na mostra Abaixo da Superfície foram criados em 2007, quanto a artista Kelly Kreis estava lutando contra a depressão que a atingia há alguns anos. Os trabalhos foram selecionados para a 1ª Temporada de Exposições do Museu de Arte de Blumenau (MAB), que abre ao público no dia 12 de março, às 19h. A entrada é gratuita.

Durante 14 dias, Kelly produziu cinco desenhos ao dia, totalizando 70 trabalhos. Como ainda não estava madura, naquela época, para realmente compreender o conteúdo desses desenhos, guardou-os no fundo de uma gaveta. Em 2017, após fazer um curso de pintura digital, resolveu experimentar pintá-los em cor. Produziu 10 desenhos, mas não se sentia muito feliz com os coloridos que havia produzido. Algo estava errado. Foi então que conheceu o pintor carioca José Maria Dias da Cruz, que por dois anos e meio a ensinou toda a sua teoria de cores, o cinza sempiterno e os rompimentos de tom.

Em 2019, retoma o projeto de colorir 70 desenhos com pintura digital, mas dessa vez com um colorido mais maduro. Quando surgiram, as criações eram inconscientes. Diante disso, colocou o nome da série como “Abaixo da Superfície”, pois realmente vieram das profundezas que estão abaixo da superfície da consciência.
As suas referências são os artistas florianopolitanos Meyer Filho, Franklin Cascaes e Eli Heil que também trabalham com a arte fantástica. Serão expostos no MAB 47 desses desenhos em forma de pintura digital e uma tela 110 x 90 cm em acrílico.

Sobre a artista
Kelly Kreis é formada em Artes Visuais com habilitação Licenciatura pela Udesc. Trabalha com desenho, pintura e gravura. Participou de 22 exposições coletivas e sete individuais, entre elas as exposições “Arte da Gravura em Santa Catarina”, (SESC/SC–2001) e Exposição Coletiva “Gravura Contemporânea: Vestígios Singulares” do SESC/SC, (2012 – 2016). É fundadora do Espaço de Arte Árvore da Felicidade, que oferece cursos de arte.
As exposições do MAB ficam abertas para visitas até 22 de abril, de terça-feira a domingo, das 10h às 16h, sempre com entrada gratuita. Visitas mediadas podem ser marcadas pelo telefone (47) 3381-6176.

Saiba mais:
1ª Temporada de Exposições no MAB
Abertura: quinta-feira, dia 12 de março
Local: MAB – Secretaria Municipal de Cultura (Rua 15 de Novembro, 161, Centro)
Horários:
19h: conversa com os artistas expositores
20h: abertura da temporada, lançamento de livros, declamação de poemas e apresentação musical

As exposições do MAB
“Paródia do testemunho ocular”, de Rafael Ramos (São Paulo/SP)
“Passagem”, de Sonia Wysard (Rio de Janeiro/RJ)
“Abaixo da Superfície”, de Kelly Kreis (Florianópolis/SC)
“Até que a morte os separe”, de Martha Ozol (Florianópolis/SC)
“Sobre Cadeiras”, de Felipe da Costa (Blumenau/SC)”
Visitas: até 22 de abril, de terça-feira a domingo, das 10h às 16h
Visitas mediadas: podem ser marcadas pelo telefone (47) 3381-6176

Classificação indicativa de idade: Livre
Entrada franca

Assessor de Comunicação: Sérgio Antonello 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Painel Freya Gross

CULTURA ESPETACULAR Painel Aldeia homenageia a ceramista Freya Gross Trabalho da artista blumenauense está exposto no segundo piso da Secretaria Municipal de Cultura. A Secretaria Municipal de Cultura e Relações Institucionais (SMC) e o Museu de Arte de Blumenau apresentam o painel Aldeia, em homenagem à autora, a ceramista Freya Gross. A artista nasceu em 19 de setembro de 1916 em Blumenau. Na década de 1950, conheceu o escultor e ceramista italiano Angelo Tanzini, que viveu no Valeu do Itajaí e em Minas Gerais, tendo retornado à Itália nos anos 1960. Com ele, Freya aprendeu todas as técnicas, desde a escolha da argila, as etapas e cuidados até a queima. Seus estudos e experimentações acabaram por dar novo significado à sua vida. Devotou à atividade tanto empenho e dedicação que fizeram dela uma conceituada e respeitada ceramista. Entre seus inúmeros trabalhos, tinha como especialidade os painéis que executava em azulejos cerâmicos pintados à mão. Assim foi o processo de um de seus úl